Como surgiu o aplicativo Spotify?

Um dos trabalhos que adorei fazer como locutora foi ser a voz do Spotify. E daí fui atrás para saber um pouco mais da história da empresa, e conto um pouco aqui para vocês.

Tudo parte da música.

Música é social, universal, é algo que todo mundo ama, e cada pessoa tem uma relação particular com o modo como a consome.

Segundo seus fundadores Daniel Ek (que na época tinha 23 anos e já era milionário) e Martin Lorentzon, o Spotify nasceu da vontade de tornar a música acessível para qualquer pessoa no mundo. Este nascimento foi em Rågsved, subúrbio da capital sueca Estocolmo, em 2006.

Antes disso, em 1999 já tinha tido o Napster que morreu em 2002, mas que abriu portas para vários serviços ilegais de compartilhamento de música. Quando o Spotify nasceu, o Torrent estava bem popular e o iTunes tinha 5 anos de vida, mas era caro e limitado.

A dupla sabia que a velocidade de entrega seria um diferencial à parte do novo serviço. A ideia era entregar uma nova forma de desfrutar o prazer de ouvir uma boa música. Bastava instalar e ouvir, sem restrições e sem precisar esperar por demorados downloads. Teria que ser simples, divertido, instantâneo e social.

O nome tem origem curiosa. Os sócios estavam em quartos separados gritando um para o outro suas ideias, quando um deles entendeu errado o que o outro sugeriu, e adorou o nome Spotify. No entanto eles alegam que o nome não foi aleatório e sim de um conceito entre Spot e Identify.

O lançamento mesmo veio em 2008, já com um aporte de 21 milhões de dólares de investidores que entenderam que tinha um gap enorme na indústria da música.

No início, a versão gratuita só funcionava no Reino Unido e era aberta somente para convidados, gerando um clima de ansiedade e antecipação e promovendo o lado social da empresa (você tinha que pedir a amigo já cadastrado para ter acesso).

PARCERIA COM FACEBOOK

Em 2009, Mark Zuckerberg elogiou o ainda desconhecido serviço e o namoro entre eles começou. Desde o início a intenção era tornar a música o mais social possível, e o Facebook era um grande aliado para isso.

Em 2010 o serviço expandiu pela Europa e em 2011 pelos Estados Unidos, quando foi criada uma integração com o Facebook. Foi aí que o Spotify bombou!

Em 2014 finalmente chega ao Brasil. Neste ano também, teve uma polêmica com a cantora Taylor Swift que tirou todas as músicas do catálogo, em protesto pelo baixo pagamento repassado à cantora, e porque vários fatores, incluindo o streaming, estavam impactando a venda de CDs. O Spotify pediu que ela reconsiderasse, mas não deu certo: a artista migrou para o rival Tidal. Em 2017, ela voltou ao serviço com um novo álbum e, depois, até lançou um clipe exclusivo para selar o retorno.

De 2006 a 2018, a empresa já repassou 9,760 bilhões de dólares em royalties para artistas e gravadoras. Esse é de longe o maior gasto da empresa e talvez por conta disso, o Spotify anualmente tem mais prejuízo que lucro. O pagamento é de acordo com a quantidade de vezes que a música é reproduzida (e por conta disso, sofre críticas por parte dos músicos independentes).

O Spotify é bem reconhecido por seu eficiente algoritmo, que tenta prever o que você vai gostar de ouvir. Ele faz isso pela lista Descobertas da Semana e também pela Daily Mixes, que são playlists diárias feitas com base no seu gosto musical. E normalmente acertam em cheio.

Hoje, no total são 83 milhões de assinantes, 170 milhões de usuários ativos incluindo pagos e gratuitos, mais de 35 milhões de músicas, 2 bilhões de playlists criadas e já está disponível em 65 mercados. Grandes números que não param de crescer.